Página:Obras de Manoel Antonio Alvares de Azevedo v2.djvu/365

Pourquoi? c'est que mon coeur au milieu des délices
D'un souvenir jaloux constamment oppressé
Froid au bonheur présent, va chercher ses supplices
Dans l'avenir et le passé.
Alex. Dumas.

— Agora a minha vez! Quero lançar também uma moeda em vossa urna: é o cobre azinhavrado do mendigo: pobre esmola por certo!

Era em Paris, num bilhar. Não sei se o fogo do jogo me arrebatar a, ou se o kirsch e o curaçao me queimaram demais as idéias... Jogava contra mim um moço: chamava-se Artur.

Era uma figura loura e mimosa como a de uma donzela. Rosa infantil lhe avermelhava as faces: mas era uma rosa de cor desfeita. Leve buço lhe sombreava o lábio, e pelo oval do rosto uma penugem doirada lhe assomava como a felpa que rebuça o pêssego.

Faltava um ponto a meu adversário para ganhar. A mim, faltavam-me não sei quantos: sei só que eram muitos