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de augurios como um vendaval pelo ameaçar ruinôso do Christianismo que parecia desboroar-se, o poeta das Palavras de um Crente —, é certo um dos bellos themas da civilisação, talvez do estudo da febre progressista e dissoluta que lavra por essa França além-mar.

Bofé, que fôra bello estudar-lhe um a um os elementos philosopho-litterarios, ir buscar-lhe as inspirações na vida aventureira, no enthusiasmo excitado ás insomnias do poeta-rei, desse lord Byron, cujo ardente scepticisino calára no seculo como as lymphas calcáreas a reverem, suadas pelas estalactites gigantescas das grutas dos Andes, naquelles lagos negros onde o som da lagrima da abobada rebôa como um tombar grão a grão das arêas da ampulheta da eternidade. Áquelle que foi buscar nos elementos dos poemas de Musset a origem no Childe (que, se sobrarem-lhe horas irá indagá-los em alguns laureados da litteratura modernissima) não será inutil estudo a relembrança do poeta inglez nas harmonias selvagens de madame Dudevant.

Comtudo Sand não está tanto para Byron como Musset. Se lhe falta aquella melodia Lamartiniana, ha nella mais fogo, c aquella idea funda que fazia dizer a Alphonse Karr na sua sêde de originalidade : « É preciosa cousa a individualidade. Fôra melhor nada ser e ser si proprio, que resumbrar a caricatura, ou a prova pallida de um grande homem : fôra desperança parecer com Voltaire, Napoleão ou Byron. »

Lavater, no retrato de Henrique Fuessil o pintor, tal-