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Misérrimo! não creu... Não o maldigam,
Se uma sina fatal o arrebatava...
Se na torrente das paixões dormindo
Foi naufragar nas solidões do crime.
 
Oh! não maldigam o mancebo exausto
Que no vício embalou, a rir, os sonhos,
Que lhes manchou as perfumadas tranças
Nos travesseiros da mulher sem brio!
 
Se ele poeta nodoou seus lábios...
É que fervia um coração de fogo
E da matéria a convulsão impura
A voz do coração emudecia!
 
E quando p'la manhã da longa insônia
Do leito profanado ele se erguia,
Sentindo a brisa lhe beijar no rosto
E a febre arrefecer nos roxos lábios...
 
E o corpo adormecia e repousava
Na serenada relva da campina...
E as aves da manhã em torno dele
Os sonhos do poeta acalentavam...