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108 CLÁUDIO MANOEL DA COSTA 10. Eu vira as Graças, e os Amores dando Às tenras mãos, por entre o pranto, e o rizo Vira em meio das flores ir voando A linda Esquadra ao deleitozo avizo, Junto ao seu berço os himnos entoando (Qual sobre as margens do saudozo Amphrizo) Vira as Tagides bellas, que mimozas Grinaldas tecem de jasmins, e rozas. 11. Alimentada aos peitos da innocencia Eu vira então crescer, tocando a idade, Em que a sazão dos fructos da prudência Provara da grande alma a heroicidade : Que dotes de ternura, e de clemencia, Que discrição, que graças, que igualdade De acções, e de costumes! ah não mente O rosto, que na ideia está presente! 12. Àbre-me, o Fama, o teu Palacio augusto, Onde cercada de Lauréis habitas, Deixa-me ler ao pé de cada Busto Às heroinas, que ali tens escriptas, Se o teu louvor, se o teu obzequio e* justo, Saber pertendo; as regiões bendictas. Me dão já livre o passo; eu entro, e pizo Do regio pavimento o jaspe lizo. 13. E qual aos olhos meus se patentèa Bella estancia do pasmo! Entre as felices Habitadoras de uã, e outra arêa, Vejo az Zenobias, vejo as Cleonices!