ODES MODERNAS
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II


Porque o vento, sabei-o, é pregador
Que através das soidões vai missionando
A eterna Lei do universal Amor.

Ouve-o rugir por essas praias, quando,
Feito tufão, se atira das montanhas,
Como um negro Titan, e vem bradando...

Que immensa voz! que prédicas estranhas!
E como freme com terrivel vida
A aza que o libra em extensões tamanhas!

Ah! quando em pé no monte, e a face erguida
Oara a banda do mar, escuto o vento
Que passa sobre mim a toda a brida

Como o entendo então! e como attento
Lhe escuto o largo canto! e, sob o canto,
Que profundo e sublime pensamento!