VI


Outra amante não ha! não ha na vida
Sombra a cobrir melhor nossa cabeça,
Nem balsamo mais doce, que adormeça
Em nós a antiga, a secular ferida!

Quer fuja esquiva, ou se offereça erguida,
Como quem sabe amar e amar confessa,
Quer nas nuvens se esconda ou appareça,
Será sempre ella a esposa promettida!

Nossos desejos para ti, oh fria,
Se erguem, bem como os braços do proscrito
Para as bandas da patria, noite e dia.

Podes fugir… nossa alma, delirante,
Seguir-te-ha a travez do infinito,
Até voltar comtigo, triumphante!