OS MAIAS
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var-se no napolitano! Não era possivel fazer curativos na Tojeira, e voltaram logo a Lisboa. Elle naturalmènte não consentira que o homem que tinha ferido recolhesse ao hotel: trouxera-o para Arroios, para o quarto verde por cima, mandara chamar o medico, duas enfermeiras para o velar, e elle mesmo lá ia passar a noite...

— ­E elle?

— ­Um heroe!... Sorri, diz que não é nada, mas eu vejo-o pallido como um morto. Um rapaz adoravel! Isto só a mim, Senhor! E então o Alencar que ia mesmo ao pé d’elle... Podia antes ter ferido o Alencar, um rapaz intimo, de confiança! até a gente se ria. Mas não, zás, logo o outro, o de cerimonia...

Uma sege, n’esse instante, entrava o pateo.

— ­É o medico!

E Pedro abalou.

Voltou d’ahi a pouco mais tranquillo. O Dr. Guedes quasi rira d’aquella bagatella, uma chumbada no braço, e alguns grãos perdidos nas costas. Promettera-lhe que d’ahi a duas semanas podia caçar outra vez na Tojeira; e o principe estava já fumando o seu charuto. Bello rapaz! Parecia sympathisar com o papá Monforte...

Toda essa noite Maria dormiu mal, na excitação vaga que lhe dava aquella idéa d’um principe enthusiasta, conspirador, condemnado á morte, ferido agora por cima do seu quarto.

Logo de manhã cedo — ­apenas Pedro sahira a fazer transportar, elle mesmo, do hotel, as bagagens