II

As armas e as bandeiras de Portugal

 


Em uma notícia, mais ou menos desenvolvida, que temos escripta sôbre o assumpto, estudamos a origem das armas de Portugal, a sua ligeira evolução historica, as principaes modificações que nellas houve, as armas actuaes, a variedade de bandeiras de mais nota, o seu uso peculiar, etc. Agora, porêm, apenas queremos tratar das antigas bandeiras portuguezas, descriptas e reproduzidas no livro de Eduardo Prado, e desfazer certas censuras que, sem razão alguma, appareceram contra essa parte do seu optimo trabalho.

Eduardo Prado, procurando demonstrar (como, de facto, exuberantemente demonstrou, a págs. 10 a 18 do seu folheto) que a bandeira actual da República, com as côres azul e branca da esphera estrellada, não pode recordar a phase do Brasil-colonia, pois que essas côres «só são as da bandeira portugueza, desde 1830, em virtude do decreto da Regencia, chamada da Terceira, datado de Angra, a 18 de outubro daquelle anno» [1]

  1. Eduardo Prado, A bandeira nacional, cit., pág. 11.