Porventura será logico êste modo de pensar: persistir conscientemente no êrro?! E não é certo que nunca é tarde demais pâra reparar um mal? Onde então a idéa de progresso? E pâra que existem os homens, sinão pâra aperfeiçoar as cousas?

Outros entendem que só uma revolução póde mudar o que é resultado duma revolução. Ora, as revoluções, em geral, agem precipitadamente, e só a calma posterior é que restabelece as cousas conservaveis... A história toda está cheia de exemplos de mudanças de bandeira em plena paz. E por que não ha de ser assim, quando houver conveniencia manifesta? Não é facto que a antiga metropole portugueza, ao menos secundariamente, mais de uma vez, fez alterações nas suas armas? E o Uruguay, ha pouco tempo, conforme um despacho telegraphico, não modificou a sua bandeira e os seus emblemas? E, entre nós, não é sabido que ha visiveis falhas na applicação do decr. de 19 de novembro de 1889?

Não. A refórma ha de se dar, mais cedo ou mais tarde. Si não for hoje, ha de ser ámanhã. Ella é tão fatal, como fatal é o dia succeder á noite, a verdade substituir o êrro!



Do apparecimento do projecto Celso de Sousa, em julho de 1905, sôbre a refórma da bandeira, data a idéa dêste livro. A princípio mero artigo de jornal, de-