- 48 -

o jovem marido, a quem a catita esposa chama Juquinha, tomou o alabastrino pescoço da companheira, a quem elle dá o nome de Sinhá, e, num abrazamento commedido de caricias, lhe collou os beiços humidos de prazer á pelle fresca e assetinada...

Ser amarrado d'aquelle modo desejava eu, digo commigo mesmo, emguanto, entr'olhando o bem fadado par, continuo na distracção hypocrita de palitar os dentes, para melhor aprecial-os.

Não sei se para evitar o mormaço avermelhado do sol do occaso, o que é certo é que o maganão do meu visinho, todas as tardinhas, como a de que trato, acaba por descer as grandes cortinas da janella, talvez para a luz não incommodar a Sinhá, que voluptuosamente vejo repotreada, com o seu largo vestido de verão, na cadeira de balanço da saleta...

1894.