cellente fecho de artigo politico; o mesmo direi do Si vis pacem para bellum. Alguns costumam renovar o sabor de uma citação intercalando-a n’uma phrase nova, original e bella, mas não te aconselho esse artificio: seria desnaturar-lhe as graças vetustas. Melhor do que tudo isso, porem, que afinal não passa de mero adorno, são as phrases feitas, as locuções convencionaes, as formulas consagradas pelos annos, incrustadas na memória individual e publica. Essas formulas têm a vantagem de não obrigar os outros a um esforço inutil. Não as relaciono agora, mas fal-o-hei por escrito. De resto, o mesmo officio te irá ensinando os elementos d’essa arte difficil de pensar o pensado. Quanto á utilidade de um tal systema, basta figurar uma hypothese. Faz-se uma lei, executa-se, não produz effeito, subsiste o mal. Eis ahi uma questão que póde aguçar as curiosidades vadias, dar ensejo a um inquerito pedantesco, a uma collecta fastidiosa de documentos e observações, analyse das causas provaveis, causas certas, causas possiveis, um estudo infinito das aptidões do sujeito reformado, da natureza do mal, da manipulação do remedio, das circumstancias da applicação; materia, enfim, para todo um andaime de palavras, conceitos, e desvarios. Tu poupas aos teus semelhantes todo