Dotados de genio musical e de genio lyrico, os sergipanos em todos os tempos deram bellas provas de talento e de optimas qualidades de espirito e de caracter. Na villa de Campos, desde fins do seculo passado o famoso Philosopho da naturezaAntonio Moniz de Souza, bis-avô de Tobias Barreto e parente do celebre repentista bahiano Francisco Moniz Barreto, entregou-se a curiosas viagens e investigações scientificas. No Lagarto, a illuminada intelligencia do padre José Alves Pitangueira figurava com brilho no fôro, na politica, no jornalismo e na cathedra de latinidade.

Em S. Chistovam, — frei Santa Cecilia, na musica, na poesia e no pulpito, revelava as brilhantes qualidades de um espirito de selecção, e o vigario Barrozo, na politica e na eloquencia, Braz Diniz, na latinidade não lhe ficavam atraz nas fulgurações do intellecto.

Na Estancia, Monsenhor Silveira, na politica, o padre Domingos Quirino de Souza, no magisterio, Marcello Santa Fé, na divina arte de Mozart, distinguiram-se por predicados eminentissimos.

Em todo o norte da provincia, basta lembrar o nome do dr. Manoel Joaquim Fernandes de Barros para dar a medida, toda a medida do estado das idéas e do valor espiritual dos sergipanos na primeira metade deste seculo.

Em Campos e, mais tarde, no Lagarto foi sempre um espirito digno de nota, no magisterio e no fôro, o talento omnimodo do professor Manoel Joaquim de Oliveira Campos, mestre de primeiras letras de Tobias Barreto, que foi tambem discipulo dos padres José Alves Pitangueira e Domingos Quirino de Souza e do maestro Marcello Santa Fé.

Mas, como já deixei insinuado, a musica e a poesia lyrica foram sempre o pasto mais apreciado da esthesia dos sergipanos. Na primeira, além dos citados Marcello e Santa Cecilia, os nomes de um Manoel Bahiense, de um Antonio Paes, de um João de Góes, de um Francisco Avelino, de um Tobias Magalhães, de um José da


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