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Humildes vos invocamos
Com rogos enternecidos;
E a esse amparo rendidos,
Senhora, a vós suspiramos.

Se Deus nos perdôa, quando
A nossa culpa é chorada;
Todos, por ser perdoada,
Estão gemendo e chorando.

Mas vós, por quem menos vale
Lirio do valle, chorais?
E o vosso pranto val’ mais
Neste de lagrimas valle.

Já que tão piedosa sois,
Senhora, com o vosso rogo
Alcançae-nos perdão logo;
Apressae-vos, eia pois.

Porque desde agora possa
Triumphar qualquer de nós
De inimigo tão atroz,
Pedi, advogada nossa.

E em quanto n’estes abrolhos
Do mundo postos estamos;
De nós que o caminho erramos
Não tireis os vossos olhos.

Sejam sempre piedosos
Para nos favorecer;
E para nos defender
Sejam misericordiosos.

Pois remediar nos quereis
De vossos olhos co’a guia,
Gloriosa Virgem Maria,
Sempre elles a nós volvei.

Livrae-nos de todo o erro,
Para que assim consigamos
Graça, em quanto aqui andamos
E depois d'este desterro.

E pois vosso filho é a luz,
E alumiar-nos quereis;
Para que esta luz mostreis,
Nos mostrae a Jesus.

E se como raio bruto
O fructo vemos vedado,