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O trecho (XVI) que apresentamos é extrahido do primeiro tomo das Obras de Gil Vicente, (edição de 1852), que comprehende todas as suas obras de devaçam, onde se encontra entresachado no Auto da Mofina Mendes.

E além d’este copiamos mais outro (XX), que se encontra no seu Auto da Alma, que foi recitado na noite de Endoenças de 1508 nos paços da Ribeira na presença de D. Manuel e offerecido á muito devota rainha D. Leonor, viuva de D. João ii e irmã do rei reinante. São interlocutores do auto a Alma (protagonista), o Anjo Custodio, a Egreja, os sanctos Padres: S. Agostinho, S. Ambrosio, S. Jeronymo e S. Thomaz, assim como dois Diabos. A scena representa uma estalagem sob esta parabola ou perfiguração: que «assim como foi cousa muito necessaria haver nos caminhos estalagens para repouso e refeição dos cançados caminhantes, assim foi cousa conveniente que nesta caminhante vida houvesse uma estalajadeira, para refeição e descanço das almas que vão caminhantes para a eternal morada de Deus. Esta estalajadeira das almas é a Madre Sancta Egreja; a mesa é o altar, os manjares as insígnias da Paixão.» São estas as palavras do proprio auctor do auto. Este nosso trecho é recitado no Auto pela Egreja em oração para S. Agostinho:

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Seja a oração de dor
Sobre o tenor
Da gloriosa Paixão
Consagrada.
E vós, Alma, rezareis,
Contemplando as vivas dores
Da Senhora;...

Eis a explicação d’este formoso fragmento, que é uma excellente enargueia das angustiosas torturas da extremosissima Mãe do Redemptor.

Gregorio de Mattos Guerra (LXXI). Quando escrevemos do bahiano Eusebio de Mattos, referimo-nos tambem a este seu irmão mais novo, que se formara em Leis e Canones na Universidade de Coimbra. Deixou elle, segundo consta, ampla collecção de poesias, pela maior parte ineditas. Devemos ao nosso venerando e muito presado