Mas, é assim a vida: as especies, como os indivíduos, vão desapparecendo ou se transformando em outras especies e em outros indivíduos mais perfeitos, mais complicados, mais aptos para o meio actual, porém muito menos grandiosos que os passados. Que figura faria o elephante de hoje, resto exotico da fauna terciaria, ao lado do megatherio? A de um filhote deste. E no emtanto, bem cedo, talvez nos nossos dias, desapparecerá o elephante, por já estar em desharmonia com a fauna actual, por constituir já aquelle doloroso contraste de que falamos acima e que é o primeiro symptoma da próxima eliminação do grande pachyderme. Parece que o progresso marcha para a dispersão, a desaggregação e o formigamento. Um grande organismo tomba e se decompõe e vai formar uma innumeravel quantidade de seres ávidos de vida. A morte, essa grande illusão humana, é o inicio daquella dispersão, ou antes a fonte de muitas vidas. E que grande consoladora!
Lembra-me ter visto, ha tempos, um octogenário de passo tropego e cara rapada passeiando em trajes domingueiros a