ESPERANÇA
Espère, enfant! — demain! — et puis demain encore;
Et puis, toujours demain!
(V. Hugo.)
Singrando vai por mares não sulcados
Aventureiro nauta, que demanda
Ignotas regiões, sonhados mundos;
Eil-o que audaz se entranha
Na solidão dos mares — a esperança
Em lisongeiros sonhos já lhe pinta
Rica e formosa a terra suspirada,
E corre, corre o nauta
Avante pelo paramo das ondas;
Além um ponto surde no horizonte
Confuso — é terra! — e o coração lhe pula
De insolito prazer.