PRELUDIO

N’este alaúde, que a saudade afina,
Apraz-me ás vezes descantar lembranças
    De um tempo mais ditoso;

De um tempo em que entre sonhos de ventura
Minha alma repousava adormecida
    Nos braços da esperança.

Eu amo essas lembranças, como o cysne
Ama seu lago azul, ou como a pomba
    Do bosque as sombras ama.