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Apparecer-me pallida e saudosa
Dos sonhos na miragem;
E então chorando o anjo que perdi,
Meu leito banharei de ardente pranto
Chamando em vão por ti.
Quando a manhã formosa alvorecendo
De seus fulgores inundar o espaço,
Demandarei saudoso
Esse lugar em que no extremo abraço
Teu lindo corpo ao peito meu cingi;
E d’este valle os échos acordando
Perguntarei por ti.
Quando por trás d’aquelles arvoredos
O sol sumir-se, vagarei sozinho
Por essas sombras, onde outr’ora juntos
Nos sentámos á borda do caminho;
E ás auras que suspirão por alli,
Inda teu doce nome murmurando,
Hei de fallar de ti.
Além, onde sonora a fonte golpha
A’ sombra de um vergel sempre viçoso,