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E nos travessos olhos de azeviche,
De vivos raios sempre illuminados,
Sorrir doce alegria!
Branco lirio de amor aberto apenas,
Em cujo puro seio brilha ainda
A lagrima da aurora,
Acaso sentes já nos tenros petalos
O nimio ardor do sol crestar-te o viço,
Vergar-te o fragil collo?...
Agora acordas do encantado somno
Da descuidada prazenteira infancia,
E o anjo dos amores
Em torno meneando as plumas d’ouro,
Teu seio virginal com as azas roça;
E qual macia briza, que esvoaça
Roubando á flôr o delicado aroma,
Vem roubar-te o perfume da innocencia!...
Com sonhos dourados, que os anjos te inspirão,
Embala, ó donzella, teu vago pensar,