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Bellezas mil, á porfia,
Cuidam só em me agradar;
Mas nenhuma como tu
Pôde meu peito abrazar!

Como escravo os teus desprezos,
Zalinda, tenho soffrido,
Sem que jamais do poder
Abuzar tenha querido.

Cuidei, que podia o tempo
Abrandar o teu rigor;
Mas em vão tenho esperado
O mais pequeno favor.

E' tempo, linda donzella,
De findar o teu rigor;
Ah! que não posso viver,
Zalinda, sem teu amor!..