Página:Poesias de Maria Adelaide Fernandes Prata offerecidas as senhoras portuenses (1859).pdf/194

184

Zalinda chega da prizão, acompanhada por Zaira, e vem vestida de preto, muito pallida, e abatida; aproxima-se do Sultão, e o fixa compassiva, e elle contemplando-a em silencio, e deixa cahir a cabeça desmaiando. Zalinda ajoelha a seu lado, e levanta. os olhos, e mãos para o Céo.

Entra nesto tempo Schahriar, que se aproxima de Zaira, que estava um pouco affastada, e ella lhe narra o que tinha passado, da maneira seguinte:

 
Zaira.
 

Já do Gran-Senhor as ordens
Deram pressa a executar,
E a christã innocentinha
Foram logo libertar :

Do principe o rosto exangue,
Ao vel-a já so animou;
E teve abalo tão forte,
Que seu mal inda augmentou!

Outra vez a desmaiar
O mancebo começou.
Foi então quando Zalinda,
Sua belleza notou!