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Oh Ceos! (a misera exclama)
Eis o meu perseguidor;
E eu, aqui, só, indefeza,
Que tormento; oh! Deus, que horror!

N'isto o Conde se aproxima,
E junto d'ella chegou,
E affectando ternura,
Por est'arte lhe fallou:

«Bella Arminda, meus amores,
Só por ti sinto paixão;
Só por ti sinto no peito
Abrazar-se o coração.

«Vem commigo desfructar
Meus castellos grandiosos,
Onde falta só o brilho
D'esses teus olhos formosos!

«N'esta lugubre morada,
Não murches tua belleza;
Deixa esse, véo luctuoso,
Que te occulta a genlilleza.»