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A donzella desditosa,
Não pode mais escutar,
E erguendo o rosto altiva,
Assim começa a fallar:

«Não 'speres, seductor vil,
Que por ti eu sinta amor;
Tu só podes inspirar-me
O desprezo, o odio, o horror!

A vida que envenenaste,
Deixa-a em paz aqui findar,
E das campas o sagrado
Não venhas tu profanar!»

«Insensata; tu não sabes,
Que da força posso usar?
Que posso com braço forte
Teu debil corpo levar?»

E já o barbaro Conde
Ia Arminda arrebatar;
Mas recua horrorisado
Ao ouvil-a exclamar: —