Página:Poesias eroticas, burlescas e satyricas.djvu/118

114
sonetos
IX


Arreitada donzella em fofo leito
Deixando erguer a virginal camisa,
Sobre as roliças coxas se divisa
Entre sombras subtis pachocho estreito:

De louro pello um circulo imperfeito
Os papudos beicinhos lhe matiza;
E a branca crica, nacarada e liza,
Em pingos verte alvo licor desfeito:

A voraz porra as guelras encrespando
Arruma a focinheira, e entre gemidos
A moça treme, os olhos requebrando:

Gomo é inda boçal perde os sentidos:
Porém vai com tal ancia trabalhando,
Que os homens é que veem a ser fodidos.