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LI

Com que magoa o não digo! Eu nem te vejo,
Meu caralho infeliz! Tu, que algum dia
Na gaiteira amorosa filistria
Foste o regalo do meu patrio Tejo!

Sem te importar o feminino pejo,
Traz a mimosa virgem, que fugia,
Fincado á terna, afadigada Armia,
Lhe pespegavas no coninho um beijo:

Hoje, canal de fétida remella,
O mysantropo do paiz das bimbas,
Apenas olhas candida donzella!

Deitado dos colhões sobre as tarimbas,
Só co’a memoria em feminil canella
Ás vezes pivia casual cachimbas.