Sebastião Xavier Botelho. De outras, que estão em caso analogo, e que similhantemente vão aqui incorporadas, iremos dando razão nos logares competentes.
Todas as pessoas lidas na historia de Bocage sabem que esta epistola, e o soneto que damos a pag. 106 do presente volume, lhe serviram principalmente de corpo de delicto, quando, perseguido por ordem da Intendencia geral da policia, foi afinal preso em 10 de agosto de 1797; sendo então transportado de bordo da embarcação onde se refugiára para os segredos da cadeia do Limoeiro, e d′ahi passados alguns mezes removido para os carceres da Inquisição. (Veja-se o «Estudo Biographico» que vem no tomo I das Poesias de Bocage, edição de 1853, a pag. XI e seguintes.)
Antonio Maria do Couto nas «Memorias» que escreveu ácerca da vida do poeta, affirma em tom decisivo — que a Epistola a Marilia fôra feita por occasião de ser seu mestre um frade (graciano) que a requestava: assim será; mas parece-nos, lendo esta composição, que o poeta exigia da sua bella mais alguma cousa do que pol-a de aviso contra as seducções do frade.
Quando começaram a divulgar-se algumas cópias d′esta epistola, varios engenhos devotos e de animo ti-