A mesma em si reflecte consternada
Quando algum seu alumno entrega os pulsos
Voluntario de amor ás vis algemas:
Amor, que uma inspirou, ambas approvam,
E ambas murmuram aliás da insânia
Que os humanos colloca a par dos brutos,
Queda, vicio total, que os desacorda,
Do qual preoccupados, uns aos outros
Invenciveis motivam feros males.
Ah! não sejam Marilia, nossas mentes
Tomadas do dictame em que jaz crime!
Do remorso a lembrança evite a culpa;
Um Deus em nosso bem benigno existe,
Que te pode estudar o pensamento
Ao golpe do que fragil se arrepende.
Não são aos actos intenções oppostas,
Antes estas áquelles dando exemplos
Na contemplação propria culpam a alma.
Supplemento d′acção faz doce encanto
O que antes era objecto de terrores,
E convertido n′um final interesse
Emprega a bem dos crentes a astucia;
Oxalá, doce amada, que no inferno
Não padecesse o pensamento angustias
Do crime o galardão, merecido premio!
Que eu de amor aos fatidicos embustes