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notas

pregar com grande ancia, preconisando a defuncta pela maior de todas as santas nascidas em Portugal; narrou um milhão de suas virtudes e milagres; affirmou a todos que Deus estava n′ella; disse-lhes que a adorassem: e finalmente para mais enthusiasmar os pios ouvintes, volta-se para a bisbilholeira que jazia amortalhada e diz-Ihe: «Anna! Em virtude da santa obediencia abre os olhos!» (E ella os abriu, tamanhos como duas cebolas). «Anna! Cruza os braços!» (E a defuncta, que os tinha estendidos, os cruzou effectivamenle). «Anna! Abençoa os que aqui estamos!« (E ella assim o fez). — Mandou-lhe que declarasse onde estava: ella respondeu que já tinha ido ao céo, e que la encontrara fr. João de Santa Euphrasia, que eslava dizendo missa, o qual lhe dera a chuchar metade do calix! — Finalmente satisfazia com presteza a tudo quanto o frade lhe ordenava. Os espectadores enternecidos á vista de tantos prodigios, e lavados em lagrimas, começaram humildes a beijar-lhe os pés, tocando lenços, contas e veronicas nas suas chagas. Repicaram-se os sinos por todos os campansrios da cidade; começaram de affluir em tropel os coxos, os cegos e paralyticos, que vinham com muitas lagrimas implorar o remedio para seus males: mas infelizmente para elles saiam como entravam.

Crescia de ponto a devota multidão, e cora ella a desordem, até que as auctoridades tractaram de provi-