Liberdade, abundancia: a ti, escravo,
O trabalho, a miseria unido á terra,
Que o suor dessa fronte fertiliza,
Emquanto, em dia de furor ou tedio,
Não me apraz com teus restos fecunda-la.»
Quando calada a humanidade ouvia
Este atroz blasphemar, tu te elevaste
Lá do oriente, oh cruz, involta em gloria,
E bradaste, tremenda, ao forte, ao rico: —
Mentira!» E o servo alevantou os olhos,
Onde a esperança scintillava, a medo,
E viu as faces do senhor retinctas
Em pallidez mortal, e errar-lhe a vista
Trépida, vaga. A cruz no céu do oriente
Da liberdade annunciára a vinda.
Cansado, o ancião guerreiro, que a existencia
Desgastou no volver de cem combates,
Ao ver que, emfim, o seu paiz querido
Já não ousam calcar os pés d’estranhos,
Vem assentar-se á luz meiga da tarde,
Na tarde do viver, juncto do teixo