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E o conde:―Cahem? No inferno
    Baqueiar podesseis vós!
    Os que desalentam fiquem:
    Sem elles bem vamos nós.―

N'uma seara guarida,
    Fugindo, o cervo buscou:
    O pobre dono do campo,
    Triste, ao conde se chegou:

―«Meu bom senhor―clamou elle―
    Compaixão, meu bom senhor!
    Ah, poupae mesquinhos fructos
    De um abundante suor.―

Da direita o cavalleiro
    O conde amoestou então:
    Cortezes eram seus dictos,
    Cortezes e de razão:

Mas, atiçando-o o da esquerda
    Á maldade perpetrar,
    Desprezou o da direita
    Para o maldicto o enredar.

―«Fóra cão!―ao camponez
    Grita o conde esbravejando―
    Quando não, com mil diabos,
    Soltar-te a matilha mando.