Dos que aos pés deste symbolo da esp’rança
Vem derramar seu coração afflicto:
É do deserto a historia a cruz e a campa;
E sobre tudo o mais pousa o silencio.


XVII.


Feliz da terra, os monges não maldigas;
Do que em Deus confiou não escarneças!
Folgando segue a trilha, que ha juncado,
Para teus pés, de flores a fortuna,
E sobre a morta crença em paz descança.
Que mal te faz, que goso vae roubar-te
O que ensanguenta os pés no tojo agreste,
E sobre a fria pedra encosta a fronte?
Que mal te faz uma oração erguida,
Nas solidões, por voz sumida e frouxa,
E que, subindo aos céus, só Deus escuta?
Oh, não insultes lagrymas alheias,
E deixa a fé ao que não tem mais nada!...

E se estes versos te contristam, rasga-os.
Teus menestreis te venderão seus hymnos,
Nos banquetes opiparos, emquanto
O negro pão repartirá comigo,