As ondas negro-azues se conglobaram;
Serras tornadas são,
Contra as quaes outras serras, que se arqueiam,
Bater, partir-se vão.
Oh tempestade! Eu te saúdo, oh nume,
Da natureza açoite!
Tu guias os bulcões, do mar princesa,
E é teu vestido a noite!
Quando pelos pinhaes, entre o granizo,
Ao sussurrar das ramas,
Vibrando sustos, pavorosa ruges
E assolação derramas,
Quem porfiar comtigo, então, ousára
De gloria e poderio;
Tu que fazes gemer pendido o cedro,
Turbar-se o claro rio?
Quem me dera ser tu, por balouçar-me
Das nuvens nos castellos,
E ver dos ferros meus, emfim, quebrados
Os rebatidos élos!
Eu rodeára, então, o globo inteiro;
Eu sublevára as aguas;
Eu dos volcões com raios accendêra