V
INTIMIDADE [1]

Quando, sorrindo, vaes passando, e toda
Essa gente te mira cubiçosa,
És bella — e se te não comparo á rosa,
É que a rosa, bem vês, passou de moda...

Anda-me ás vezes a cabeça á roda,
Atraz de ti tambem, flôr caprichosa!
Nem póde haver, na multidão ruidosa,
Coisa mais linda, mais absurda e douda.

  1. Tanto este soneto, como os versos a Baudelaire, foram em tempo publicados com um pseudonymo.