Para o filho de pae agonçalado,
Sem brio, sem saber, sem criação;
Que os velhos venerandos não respeita,
Entre ovelhas mostrando-se leão—
Quartel, chibata,
Marinha ou praça,
Que um cordeirinho
O lobo faça;
E si o tratante
Não for barão,
Morada gratis
Na Correcção.
P’ra o ancho protector das lettras patrias,
Mais cacório que o chisme—no fintar;
E que cheio d’oral filantropia,
Os impressos chupita, sem pagar—
Um sancto breve,
Uma defeza;
Um patuá
Contra a esperteza;
E si o maçante
Inda insistir,
Sebo nas pernas—
Toca a fugir.
Para o genio sagaz de um pae da patria,
Amante da pobresa desvalida,
Que lambisca aos patetas o que póde,
E lá mette n’aljaba fementida—
Uma denuncia
Com documentos,
Onde as ratadas
Pulem aos centos.
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