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Notando a donzella,
Que o pêco farfante,
Vencido de amores,
Se fez um pedante;
A elle se chega,
Com ar seductor
Que os peitos encanta,
Que mata de amor;
Com gesto feminio
Que a mente nao trahe,
Sorrindo, lhe disse:
“A benção, papae!...”
Depois, prazenteira,
A face voltando,
Com garbo de fada
Se foi retirando!...
E como esta chalaça tão picante
O avô de Saturno, delirante,
Não ficou homem, não, mas mudo e quedo
Qual junto de um penedo outro penedo!
E, depois que sentiu-se cudilhado,
Pela porta tomou, muito enfiado.