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   Soprando na testa
   Me faz, delirante ;

   E si dominado
   Por esse rabbino,
   Algumas sandices
   Escrevo, sem tino,

   Depois reflectindo
   No fófo aranzel,
   Em mil pedacinhos
   Eu faço o papel.

   Por mais que forceje
   Não posso escrever;
   Quem vir este livro
   O que ha de dizer?

   Chamar-me pateta,
   Por grande favor;
   E dar-me patente
   —-De máo palrador.

   Se for litterato
   Farçola, brejeiro,
   Himpando dirá:
   Sempre é sapateiro.

   Mas eu que conheço
   Mesquinho que sou,
   Da minha fachada
   Desfructes não dou.

   Supplico de vós,
   Meu caro senhor,