Rubião ia andando; a comadre, em vez de o guiar, acompanhava-o. Lá estava o cão, dentro do cercado, deitado a distancia de um alguidar de comida. Cães, gatos, saltavam de todos os lados, cá fora; a um lado havia um gallinheiro, mais longe porcos; mais longe ainda, uma vacca deitada, somnolenta, com duas gallinhas ao pé, que lhe picavam a barriga, arrancando carrapato.

— Olhe o meu pavão! dizia a commadre.

Mas Rubião tinha os olhos no Quincas Borba, que farejava impaciente, e que se atirou para elle, logo que um moleque abriu a porta do cercado. Foi uma scena de delirio; o cachorro pagava as caricias do Rubião, latindo, pulando, beijando-lhe as mãos.

— Meu Deus! que amizade! — Não imagina, sinhá comadre. Adeus, prometto-lhe um filho.


CAPITULO XVIII


Rubião e o cachorro, entrando em casa, sentiram, ouviram a pessoa e as vozes do finado amigo. Em quanto o cachorro farejava por toda a parte, Rubião foi sentar-se na cadeira onde estivera, quando Quincas Borba referiu a morte da avó com explicações