mocidade, a turbulência e a petulancia, os fogachos e os abatimentos de um temperamento meridional, muito boa fé e boa vontade, mas muita falta de paciência e methodo, ficará feito o quadro das qualidades e defeitos com que, aos 18 annos, penetrei no grande mundo do pensamento e da poesia.
No meio das cahoticas leituras a que então me entregava, devorando com egual voracidade romances e livros de sciencias naturaes, poetas e publicistas e até theologos, a leitura do Fausto de Goethe (na traducção franceza de Blaze de Bury) e o livro de Rémusat sobre a nova philosophia allemã exerceram todavia sobre o meu espirito uma impressão profunda e duradoura: fiquei definitivamente conquistado para o Germanismo; e, se entre os francezes, preferi a todos Proudhon e Michelet, foi sem duvida por serem estes dois os que mais se resentem do espirito de Alem-Rheno. Li depois muito de Hegel, nas traducções francezas de Vera (pois só mais tarde é que aprendi allemão); não sei se o entendi bem, nem a indepen-