— Oh! nunca.
— E ele?
— Percebi que me queria. Brincava comigo, como quando eu era criança: nada mais.
— E resignavas-te à sorte?
— Que poderia fazer senão isso? Alguma esperança tive nestes últimos tempos; em que a fundava, não sei; talvez na circunstância de nos vermos mais a miúdo. Enganava-me; penso que não nasci para ser feliz.
— Quem sabe? disse a viúva. Nem sempre o nosso coração acerta; pode ser que mais tarde te apareça outro a quem ames do mesmo modo...
— Do mesmo modo? interrompeu Raquel com surpresa.
Lívia pegou-lhe nas mãos.
— Não te parece que assim seja? perguntou.
— Oh! não. Chame-me criança, se lhe parece; a senhora há de saber mais do que eu, naturalmente; mas o meu coração me diz que eu não poderia amar a ninguém mais.
— A ninguém mais! murmurou a viúva