poderíamos ter do que chorar aquela que houvéssemos perdido.
Félix ouviu as palavras da moça cabisbaixo e abatido. Não ousava responder-lhe, nem interrogá-la; mas do seu mesmo silêncio colhia a moça a sinceridade da dor e do arrependimento.
— Se isto lhe dói, continuou ela, vê bem que a culpa não é minha. Eu aceito uma situação não criada por mim, nem também pelo senhor, mas, — como eu lhe dizia, — pela natureza ou pelo destino. No ponto a que chegamos é esta a resolução melhor.
— Não é, interrompeu Félix com impetuosidade, não é a melhor porque ambos perderemos com ela, e nada nos impede a resolução contrária. Creio que não duvide do meu amor; mas digo-lhe que o não compreende, nem avalia. Eu não teria ânimo de lhe propor nas circunstâncias em que nos achamos, um rompimento que...
O sorriso com que a moça o ouvia cortou-lhe a palavra neste ponto. Caiu em si, lembrou-lhe, — que ele facilmente esquecia tudo — lembrou-lhe que lhe não cabia falar de rompimento, e murmurou: