Página:Revista do Brasil, 1921, anno VI, v XVI, n 62.pdf/39

LUCIA
125

— O Marquez? perguntou Lucia com ansiedade.

— O Marquez está são e salvo. E ferrado numa abobora, regalando-se...

— Muito bem! exclamou ella, contente por haver salvo a vidinha de Rabicó. Agora, senhor Mix, quero que me arranje uns

burros de carga afim de que eu possa levar mel para a vóvó. Mel e cera — a Nastacia quer muito um pelotinho de cera bem branca.

Tom Mix sahiu a arrumar a tropa e Lucia, voltando-se para a Rainha, propoz:

— Pode V. Majestade vender-me um tostão de mel?

— Dou-te o mel que quizeres, respondeu a Rainha sorrindo. Quanto ao tostão, guarda-o para ti, que aqui entre nós não tem valor o dinheiro dos homens. Entra lá naquella sala, que é o deposito de mel, e leva quanto quizeres.

Narizinho e Emilia encaminharam-se para o deposito. Muito bem arrumado tudo. Havia potinhos de cera em quantidade, todos iguaes, cheios até á bocca e tampados.

— Querem mel? perguntou logo uma abelha de avental que tomava conta do deposito.

— Queremos, sim! mel e cera.

— De que qualidade?

— Ha de muitas qualidades?