ROSA, ROSA DE AMOR
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    Cheio de inveja reparo
    Nas borboletas que em bando
    Passam felizes, amando
    Na plena luz do sol claro...

    Ventura que mal gotteja,
    Triste do amor que se esconde,
    E só acha de onde em onde
    Um acaso que o proteja.

    Amor que a sombra encarcera,
    E foge ao sol e ás estradas...
    Fossemos nós de mãos dadas
    Pela vida e a primavera!

    De subito, ouço teus passos:
    D’entre folhagens de arbusto
    Olhas, tremula de susto,
    Caes palpitante em meus braços.

    E como a cançada abelha
    Que suga a flor, e adormece,
    Meu beijo poisa, e se esquece
    Em tua bocca vermelha...