como pela gravidade do caráter e superioridade da inteligência, Ricardo exercia sobre o amigo a doce autoridade de um irmão mais velho: a autoridade do exemplo e do conselho.

Estas relações tinham começado havia seis anos na cidade de São Paulo, onde habitava Ricardo com sua família. No ano em que o talentoso estudante ia concluir o seu curso e formar-se, Fábio, muito mais moço, matriculou-se na faculdade. Apesar dessa circunstância que os devera separar logo no princípio de seu conhecimento, a amizade estreitou-se entre os dois. O meigo sorriso de Luisinha foi naturalmente o fio dourado que teceu essa mútua afeição.

Havia três meses que Fábio se tinha formado. Para ele o prazer que sempre desperta esse dia no coração do estudante, veio travado de saudades. Sua pobreza não lhe permitia realizar o voto mais querido de sua alma; tinha de separar-se de Luisinha, para recolher à corte, ao seio da família. Ia trabalhar na esperança de adquirir uma posição modesta, mas decente, para oferecer à