Terça-feira seguinte, estava Ricardo como de costume em seu escritório.
Seriam dez horas passadas. Reinava na pequena sala, dividida a meio em dois cubículos por um tabique de pinho, um silêncio desanimador, sem dúvida propício à meditação, porém pouco prometedor a respeito de clientela.
Sentado à clássica mesa de vinhático, inteiramente limpa de autos, Ricardo, trabalhador infatigável, escrevia desde as nove horas da manhã em que habitualmente chegava ao escritório.
Lembrara-se de fazer algumas traduções para distrair