— Qual deseja?

— A que eu lhe pedi.

D. Guilhermina hesitou.

— Quer me perder em vez de salvar-me? disse a senhora com a voz repassada de tristeza.

— Não quero prova alguma; acredito, atalhou Fábio.

Acabado o jantar, quando os convidados derramaram-se pela sala do bilhar e jardim, Fábio encontrou-se com Guida:

— O senhor há de me dizer uma cousa.

— Muitas e com o maior prazer.

— Que razão é essa pela qual o Dr. Nunes deixou de frequentar a nossa casa?

— Pois há uma razão?

— O senhor disse-me quando chegou.

— Perdão, D. Guidinha; se bem me lembro, eu disse que havia uma “sem-razão”.

— Ou isso! tornou Guida a rir.

— É muito diferente.

— E essa sem-razão não se pode saber?

— Guarda segredo?

— Inviolável.