— É então uma questão de limites? perguntou o advogado.
— Não sei... É isso mesmo, respondeu a velha corrigindo-se ao aceno da menina.
— O senhor me permite? Eu lhe explico. O vizinho da esquerda pretende apoderar-se de um pedaço de terreno, que foi sempre de minha avó. O senhor doutor leva os papéis, para examiná-los; depois dará sua opinião. Não é melhor, avozinha?
— Eu acho que é! disse a velha batendo com a cabeça.
Na ocasião de se despedirem disse Guida ao advogado, em cujo semblante não se apagara a tinta de melancolia que derramara a cena anterior:
— Não se aflija. O romance que eu lhe contei, acaba alegre.
E para confirmar o dito, o seu lindo semblante banhou-se em um riso feiticeiro.