— Para apressar o casamento de Ricardo com Bela?... Mas é inútil.

— Deveras? perguntou D. Guilhermina lançando um olhar para Guida que se aproximava.

— Foi uma surpresa! Ontem, quando menos esperava, recebeu Ricardo uma carta de São Paulo. Abriu; era de Bela, que lhe participava seu casamento com o Lemos, outro primo.

Ouviu Guida essa notícia, ao aproximar-se; e vacilou com a emoção que abalou o seu talhe esbelto. Felizmente passava naquele momento por uma estátua de bronze representando Flora, cujo pedestal lhe serviu de apoio e também de refúgio para esconder a alteração do gesto, pois Fábio colocado do lado oposto não podia perceber-lhe o vulto.

Notando o soçobro da amiga, a arfagem violenta do seio, que se expandira com o ímpeto d'alma, e a contração do rosto ao esforço da vontade a reprimir o grito que rompia do seio, D. Guilhermina voltou-se para o outro lado, o que obrigava o moço a imitá-la, desviando assim os olhos da estátua.