não sou caixeta de segredos; e este me está fazendo cócegas.

Aí vai, no ouvido, de cochicho, que não o ouça uma certa sonsinha, cujo pecado é a curiosidade.


— Isto é com Luisinha! disse D. Benvinda.

— É o que ele sabe me dizer.

Imagine-se a curiosidade com que foi ouvido o trecho seguinte, que leu Bela com a voz palpitante de emoção:


Há aqui na corte uma moça, que é a rainha da moda; chama-se Guida; é filha de um homem que não sabe quanto possui; tem dezenove anos e muito espírito; a respeito de beleza e elegância, não se fala; é o tipo; ninguém a excede.

Imagine quantos sujeitinhos andam-lhe arrastando a asa, apaixonados ao mesmo tempo pelos olhos pretos e os milhões amarelos dessa peregrina formosura.

Todo o alto coturno comercial, político, literário, inscreveu-se neste concurso; e cada um espera que lhe toque o anel.

Mas ela não faz caso de nenhum destes pretendentes;