— Sim; a da Pedra Bonita?

— Essa mesma.

— Admirava. É um mimo essa flor.

— É uma joia, é; mas deixemos a flor por enquanto. Eu também tenho paixão por ela e a admiro. Mas o senhor admirava e fazia outra cousa.

— Não me recordo.

— Eis um recurso de que não precisa.

— Tem razão. E por que hei de negar? Beijava-a: está satisfeita?

Guida fez com a fronte um aceno afirmativo:

— Cuidei que essa poesia do sentimento que faz conversar com uma estrela, beijar uma flor, adorar uma lembrança, já não se encontrava hoje em dia, a não ser nos romances. Se alguma vez se misturava com o prosaísmo desta nossa vida fluminense, era a moda de comédia de sala: para divertir as moças da moda, que chegaram aos dez anos e já não podem mais suportar as bonecas. Ora, desta última suposição, está claro que não se trata. A causa portanto é séria.