me em seus braços, beijei-lhe os olhos, coalhados de lágrimas, e... A senhora acordou-me.
— Ah! Compreendo. Lembrava-se de sua mãe. Nessa poesia também eu creio, disse Guida com terna expressão.
— Dirá a senhora que é uma infantilidade cair assim um homem feito, um doutor, a sonhar com o sol alto e os passarinhos a cantar. Mas a isso respondo, que a natureza humana é esta mesma contradição. O menino tem “homenices”... Não repare no termo; tenho um mau costume de inventar uma palavra quando não acho outra já feita para exprimir meu pensamento. Mas dizia eu que o menino tem suas “homenices” que o tornam insuportável; portanto era preciso que o homem tivesse suas “meninices”, que o tornam ridículo.
— Pensar em sua mãe ausente é uma cousa tão santa!
— Mas creio que ainda falta um desejo?
— Ainda; não me esqueci. Ia perguntar-lhe o que representava o desenho... Sabe; aquele que o senhor fazia à janela?...